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Saúde da Mulher - As Doenças, TPM, cólicas, coceira vaginal e outras

Foto do escritor: Medicatrix NaturaeMedicatrix Naturae

Atualizado: 23 de abr. de 2024

Saúde da mulher - As Doenças e os Tratamentos
Saúde da mulher - As Doenças e os Tratamentos

A saúde da mulher é um universo complexo e fascinante que exige atenção especial em cada fase da vida. Abordaremos aqui alguns dos principais desafios que acometem o sexo feminino, desde a puberdade até a menopausa, com o objetivo de auxiliar no conhecimento, na prevenção e no tratamento adequado de diversas condições que podem afetar a qualidade de vida da mulher.


1. Endometriose: Dor Profunda e Infertilidade

A endometriose é uma doença crônica ginecológica caracterizada pela presença de tecido endometrial (endométrio, mucosa que reveste o útero) fora da cavidade uterina, geralmente em locais como os ovários, trompas de Falópio, peritônio (membrana que reveste a cavidade abdominal) e outros órgãos pélvicos. Essa condição causa inflamação, dor intensa, principalmente durante a menstruação, e pode levar à infertilidade.

Sintomas:

  • Dor pélvica profunda: pior durante a menstruação, relações sexuais e evacuação.

  • Infertilidade: dificuldade ou impossibilidade de engravidar.

  • Sangramento menstrual intenso e prolongado.

  • Fadiga, náuseas e vômitos.

  • Diarreia ou constipação intestinal.

  • Dor nas costas e nas pernas.

Causas:

  • Fatores genéticos: predisposição familiar aumenta o risco de desenvolver a doença.

  • Desequilíbrio hormonal: níveis elevados de estrogênio e progesterona podem contribuir para o desenvolvimento da endometriose.

  • Sistema imunológico: alterações no sistema imunológico podem estar relacionadas à doença.

  • Metaplasia celômica: células do peritônio se transformam em células endometriais.

  • Implantação retrógrada: células endometriais durante a menstruação refluem pelas trompas de Falópio e se implantam em outros locais.

Tratamento:

  • Medicação: analgésicos, anti-inflamatórios, anticoncepcionais hormonais e agonistas de GnRH (que suprimem a produção de hormônios sexuais) podem aliviar os sintomas e controlar a doença.

  • Cirurgia: em casos mais graves, a cirurgia laparoscópica ou aberta pode ser realizada para remover os implantes endometrióticos e reduzir a dor.

  • Fertilização in vitro: pode ser uma opção para mulheres com endometriose e infertilidade.

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Veja Tratamento Natural para Endometriose
Veja Tratamento Natural para Endometriose

2. DIP - Doença Inflamatória da Pelve: Uma Infecção Silenciosa

A Doença Inflamatória da Pelve (DIP) é uma infecção que afeta os órgãos reprodutores femininos (útero, trompas de Falópio e ovários). Geralmente causada por bactérias sexualmente transmissíveis (BCTs), como clamídia e gonorreia, a DIP pode progredir para complicações graves se não for tratada adequadamente.

Sintomas:

  • Dor pélvica inferior: intensa e constante.

  • Corrimento vaginal anormal: com odor fétido ou coloração purulenta.

  • Sangramento vaginal irregular: entre os períodos menstruais ou após a relação sexual.

  • Disúria: dor ou ardência ao urinar.

  • Dispareunia: dor durante a relação sexual.

  • Febre, calafrios e náuseas.

Causas:

  • Bactérias sexualmente transmissíveis (BCTs): clamídia e gonorreia são as principais causas da DIP.

  • Parto ou aborto: procedimentos que podem introduzir bactérias no útero.

  • Dispositivo intrauterino (DIU): o uso incorreto ou a inserção inadequada do DIU pode aumentar o risco de DIP.

Tratamento:

  • Antibióticos: o tratamento geralmente envolve antibióticos orais e intravenosos por 14 dias ou mais, de acordo com o tipo de bactéria e a gravidade da infecção.

  • Repouso: é fundamental para a recuperação.

  • Evitar relações sexuais: durante o tratamento e até que a infecção seja completamente curada.

  • Rastreamento de parceiros: os parceiros sexuais da mulher também devem ser testados e tratados para BCTs.

  • Veja Tratamento Natural para DIP - Doença Inflamatória Pélvica, clique aqui

DIP - Doença Inflamatória da Pelve: Uma Infecção Silenciosa
DIP - Doença Inflamatória da Pelve: Uma Infecção Silenciosa

3. Prolapso Uterino: Deslocamento do Útero

O prolapso uterino ocorre quando os músculos e ligamentos que sustentam o útero se enfraquecem, causando o deslocamento do útero para baixo em direção à vagina. Essa condição é mais comum em mulheres após a menopausa, após partos ou em casos de obesidade.

Sintomas:

  • Sensação de peso ou pressão na pélvis.

  • Dor lombar.

  • Dificuldade para urinar ou esvaziar completamente a bexiga (incontinência urinária de esforço).

  • Infecções urinárias frequentes.

  • Sensação de algo saindo da vagina (bulge vaginal).

  • Dor ou desconforto durante a relação sexual.

Graus de Prolapso Uterino:

  • Grau 1: Deslocamento leve do útero, sem sintomas perceptíveis.

  • Grau 2: Deslocamento moderado do útero, o colo do útero pode estar próximo da abertura vaginal.

  • Grau 3: Deslocamento significativo do útero, o colo do útero ou parte do corpo do útero pode sair para fora através da abertura vaginal.

  • Grau 4: Prolapso completo do útero, o útero sai totalmente para fora da vagina.

Tratamento:

  • Exercícios de Kegel: fortalecem os músculos do assoalho pélvico para melhorar o suporte do útero.

  • Dispositivo Pessário: anel vaginal inserido para apoiar o útero na posição correta.

  • Cirurgia: em casos graves, pode ser indicada a cirurgia vaginal ou abdominal para reposicionar o útero e reparar os tecidos de sustentação.

DIP - Doença Inflamatória da Pelve: Uma Infecção Silenciosa
Estágios do Prolapso Uterino



4. Dismenorréia: Cólicas Menstruais Incômodas

A dismenorréia se refere à dor pélvica intensa e cólicas que ocorrem antes ou durante a menstruação. Afeta a maioria das mulheres em idade fértil e, embora geralmente não seja grave, pode interferir na qualidade de vida.

Tipos de Dismenorréia:

  • Dismenorréia Primária: ocorre sem nenhuma causa subjacente identificável, associada à liberação de prostaglandinas, substâncias que causam contrações uterinas.

  • Dismenorréia Secundária: causada por alterações no sistema reprodutivo, como endometriose, miomas uterinos ou adenomiose.

Sintomas:

  • Dor abdominal intensa, em cólicas, na parte inferior do abdômen.

  • Dor irradiando para as costas e coxas.

  • Náusea, vômito, fadiga, diarreia e dor de cabeça.

Tratamento:

  • Analgésicos: medicamentos como ibuprofeno e paracetamol podem ajudar a aliviar a dor.

  • Anticoncepcional hormonal: pílulas anticoncepcionais ou dispositivos intrauterinos hormonais reduzem os níveis de prostaglandinas, aliviando a dor.

  • Banhos mornos e bolsa de água quente: podem ajudar a relaxar a musculatura pélvica e aliviar as cólicas.

  • Exercícios físicos regulares: ajudam a melhorar a circulação e aliviar a dor.

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Dismenorréia ou Cólicas Mestruais - Tratamento para aliviar as dores
Dismenorréia ou Cólicas Mestruais - Tratamento para aliviar as dores

5. Tensão Pré-Menstrual - TPM: Um Mix de Emoções e Sintomas Físicos

A tensão pré-menstrual (TPM) é um conjunto de sintomas físicos e emocionais que ocorrem cerca de uma a duas semanas antes da menstruação. Afeta aproximadamente 80% das mulheres em idade fértil e pode causar um impacto significativo no bem-estar e nas atividades diárias.

Sintomas:

  • Sintomas físicos: inchaço abdominal, dor nas mamas, dores de cabeça, fadiga, alterações no apetite, prisão de ventre ou diarreia.

  • Sintomas emocionais: irritabilidade, ansiedade, alterações de humor, choro fácil, dificuldade de concentração, insônia ou sonolência excessiva, depressão leve.

Tratamento:

  • Mudanças no estilo de vida: dieta equilibrada, atividade física regular, técnicas de relaxamento (yoga, meditação) e sono de qualidade podem ajudar a aliviar os sintomas.

  • Suplementos alimentares: vitamina E, magnésio e óleo de prímula podem ser benéficos, mas é importante consultar um médico antes do uso.

  • Anticoncepcionais hormonais: podem ajudar a regular o ciclo menstrual e aliviar os sintomas da TPM.

  • Diuréticos: para casos de inchaço excessivo, o médico pode prescrever diuréticos leves.

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Tensão Pré-Menstrual - TPM - Tratamento Natural para aliviar os sintomas
Tensão Pré-Menstrual - TPM - Tratamento Natural para aliviar os sintomas

6. Menopausa e Climatério: Transição para uma Nova Fase

A menopausa é o fim definitivo dos ciclos menstruais, ocorrendo naturalmente entre os 45 e 55 anos de idade. O climatério é o período de transição hormonal que antecede a menopausa, podendo durar alguns anos. Nessa fase, os ovários gradativamente reduzem a produção de estrogênio e progesterona, o que desencadeia alterações físicas e metabólicas.

Sintomas da Menopausa e Climatério:

  • Irregularidades menstruais: ciclos menstruais mais curtos, longos ou ausentes.

  • Fogachos: sensação súbita de calor intenso na face, pescoço e peito, podendo acompanhar sudorese e calafrios.

  • Insônia e alterações do sono.

  • Secura vaginal e diminuição da libido.

  • Alterações de humor: irritabilidade, ansiedade e alterações do humor.

  • Aumento do risco de osteoporose: decorrente da diminuição da produção de estrogênio, que auxilia na manutenção da densidade óssea.

  • Aumento do risco de doenças cardiovasculares.

Tratamento:

  • Terapia de reposição hormonal (TRH): uso de hormônios bioidênticos para repor o estrogênio e, em alguns casos, a progesterona, podendo aliviar os sintomas da menopausa e reduzir o risco de osteoporose. No entanto, a TRH possui contraindicações e deve ser individualmente avaliada por um médico.

  • Mudanças no estilo de vida: dieta saudável rica em cálcio e vitamina D, atividade física regular, controle do peso e técnicas de relaxamento podem auxiliar no manejo dos sintomas.

  • Lubrificantes vaginais: podem ajudar a aliviar o desconforto causado pela secura vaginal.

  • Veja Tratamento Natural para Menopausa e Climatério, clique aqui

Menopausa e Climatério alivio dos sintomas com tratamento natural
Menopausa e Climatério alivio dos sintomas com tratamento natural


7. Candidíase: Infecção Fúngica Incômoda

A candidíase vaginal é uma infecção fúngica causada pelo fungo Candida albicans, que faz parte da flora vaginal natural. O crescimento excessivo desse fungo devido a alterações no equilíbrio vaginal pode causar sintomas incômodos.

Sintomas:

  • Corrimento vaginal branco e espesso, semelhante a grumos.

  • Coceira intensa na vulva e na vagina.

  • Ardência ao urinar e durante a relação sexual.

  • Vermelhidão e irritação na vulva.

Causas:

  • Antibióticos: o uso de antibióticos pode alterar a flora vaginal, favorecendo o crescimento do fungo Candida.

  • Gravidez: alterações hormonais durante a gravidez podem aumentar o risco de candidíase.

  • Diabetes descontrolado: o aumento da glicose na vagina favorece a proliferação do fungo.

  • Sistema imunológico enfraquecido: doenças crônicas ou uso de medicamentos imunossupressores podem aumentar o risco de infecção.

  • Uso de roupas íntimas apertadas e sintéticas.

Tratamento:

  • Antifúngicos tópicos: cremes, pomadas ou comprimidos vaginais antifúngicos são geralmente eficazes no tratamento da candidíase vaginal.

  • Antifúngicos orais: em alguns casos, o médico pode prescrever antifúngicos orais para infecções mais graves.

  • Mudanças no estilo de vida: uso de roupas íntimas confortáveis de algodão, higiene íntima adequada e relações sexuais seguras podem ajudar a prevenir recorrentes infecções por Candida.

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Tratamento Natural eficáz para a Candidíase
Tratamento Natural eficáz para a Candidíase

Conclusão

A saúde da mulher é dinâmica e requer atenção em todas as fases da vida. Conhecer as principais condições que podem afetar o sistema reprodutor feminino, bem como as opções de prevenção e tratamento, é fundamental para a promoção do bem-estar físico e emocional.

Lembre-se, diante de qualquer sintoma incomum ou persistente, não hesite em consultar um ginecologista para diagnóstico e tratamento adequados. Cuide-se e viva plenamente em todas as etapas da vida!

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