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Ascite
O que é Ascite?
A ascite é o acúmulo anormal de líquido livre na cavidade peritoneal, o espaço entre os órgãos abdominais. O líquido ascítico é um transudato, o que significa que é um fluido com baixo teor de proteínas e células, geralmente causado por um aumento da pressão no sistema venoso portal ou por uma diminuição da pressão coloidosmótica do sangue. A ascite é uma complicação comum de doenças hepáticas avançadas, como cirrose, mas também pode ser causada por outras condições, como insuficiência cardíaca, câncer peritoneal e doenças renais.
Causas da Ascite:
As principais causas da ascite incluem:
Doença hepática: A cirrose hepática é a causa mais comum de ascite, responsável por cerca de 85% dos casos. A cirrose impede o fluxo normal de sangue através do fígado, o que aumenta a pressão no sistema venoso portal. Essa pressão aumentada pode forçar o fluido do sangue para dentro da cavidade peritoneal.
Insuficiência cardíaca: A insuficiência cardíaca congestiva pode levar à ascite se o coração não for capaz de bombear o sangue com eficiência. Isso pode levar ao acúmulo de líquido nos pulmões e outros órgãos, incluindo o abdômen.
Câncer peritoneal: O câncer peritoneal pode causar ascite ao bloquear o fluxo linfático ou danificar os órgãos peritoneais.
Doença renal: A síndrome nefrótica, uma doença renal grave, pode causar ascite devido à perda de proteínas na urina. A hipoalbuminemia, uma condição caracterizada por níveis baixos de albumina no sangue, também pode ser uma causa de ascite.
Outras causas: Outras causas menos comuns de ascite incluem doenças pancreáticas, doenças intestinais, trombose da veia porta e hipotireoidismo.
Fatores de risco para Ascite:
Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver ascite, incluindo:
Doença hepática: Pessoas com cirrose hepática, especialmente aquelas em estágios avançados da doença, têm um alto risco de desenvolver ascite.
Insuficiência cardíaca: Pessoas com insuficiência cardíaca congestiva, especialmente aquelas com função sistólica ventricular esquerda reduzida, têm um risco aumentado de ascite.
Câncer peritoneal: Pessoas com câncer peritoneal, especialmente câncer de ovário ou estômago, têm um risco aumentado de ascite.
Doença renal: Pessoas com síndrome nefrótica ou hipoalbuminemia grave têm um risco aumentado de ascite.
Outras causas: Fatores de risco para outras causas de ascite incluem pancreatite crônica, doenças inflamatórias intestinais, trombose da veia porta e hipotireoidismo.
Sintomas da Ascite:
A ascite pode ser assintomática, especialmente nos estágios iniciais. No entanto, à medida que o acúmulo de líquido aumenta, os sintomas podem incluir:
Inchaço abdominal: O inchaço abdominal, também conhecido como distensão abdominal, é o sintoma mais comum da ascite. O abdômen pode parecer inchado e esticado, e pode ser desconfortável ou doloroso.
Aumento de peso: O aumento de peso, especialmente sem uma mudança na dieta ou nos hábitos de exercícios, pode ser um sinal de ascite.
Perda de apetite: A perda de apetite pode ser causada pelo desconforto abdominal causado pela ascite.
Náuseas e vômitos: Náuseas e vômitos podem ser causados pela pressão do líquido ascítico no estômago.
Dificuldade para respirar: A dificuldade para respirar pode ocorrer se o acúmulo de líquido ascítico pressionar o diafragma, o músculo que ajuda na respiração.
Fadiga: A fadiga pode ser causada por anemia, desnutrição ou pela pressão do líquido ascítico.
Diagnóstico da Ascite:
O diagnóstico da ascite geralmente é feito com base em um histórico médico completo, exame físico e exames complementares.
Histórico médico: O médico perguntará sobre os sintomas, histórico médico, incluindo doenças hepáticas, cardíacas, renais ou outras condições que podem aumentar o risco de ascite.
Exame físico: O exame físico pode revelar sinais de ascite, como distensão abdominal, líquido no abdômen (ascite) e sinais de doença hepática (icterícia, vasodilatação, esplenomegalia).
Exames complementares: Exames complementares que podem ser usados para diagnosticar ascite e identificar a causa subjacente incluem:
Ultrassonografia abdominal: A ultrassonografia abdominal usa ondas sonoras para criar imagens do abdômen e pode detectar a presença de líquido ascítico e avaliar o tamanho e a aparência do fígado, baço e outros órgãos abdominais.
Paracentese: A paracentese é um procedimento minimamente invasivo que envolve a inserção de uma agulha fina na cavidade abdominal para remover uma amostra do líquido ascítico. A análise do líquido ascítico pode ajudar a determinar a causa da ascite, como a presença de células cancerígenas, infecção ou alterações consistentes com cirrose hepática.
Tomografia computadorizada (TC) abdominal: A TC abdominal usa raios-X para criar imagens detalhadas do abdômen e pode fornecer informações adicionais sobre a causa da ascite, como a presença de tumores ou anormalidades vasculares.
Ressonância magnética (RM) abdominal: A RM abdominal usa ondas de rádio e magnetismo para criar imagens detalhadas do abdômen e pode ser útil para avaliar o fígado e outros órgãos abdominais em busca de sinais de doença.
Exames de sangue: Exames de sangue podem ser realizados para verificar a função hepática, renal e cardíaca, além de investigar a presença de infecções ou outras condições que podem causar ascite.
Tratamento da Ascite:
O tratamento da ascite visa aliviar os sintomas e tratar a causa subjacente.
Tratamento da causa subjacente: O tratamento da causa subjacente da ascite é fundamental para controlar o acúmulo de líquido.
Pessoas com cirrose hepática podem se beneficiar de medicamentos para baixar a pressão arterial portal e reduzir a retenção de líquidos.
Pessoas com insuficiência cardíaca podem precisar de medicamentos para fortalecer o coração e melhorar a capacidade de bombeamento.
Pessoas com câncer peritoneal podem precisar de cirurgia, quimioterapia ou radioterapia para tratar a doença.
Pessoas com doença renal podem precisar de medicamentos para controlar a proteinúria (perda de proteína na urina) ou terapia de diálise.
Diuréticos: Os diuréticos são medicamentos que ajudam o corpo a eliminar o excesso de líquido pela urina. Diuréticos específicos, como a espironolactona, podem ser usados para tratar a ascite.
Restrição de sódio: A restrição de sódio na dieta pode ajudar a reduzir a retenção de líquidos e aliviar a ascite.
Paracentese terapêutica: A paracentese terapêutica envolve a remoção de grandes volumes de líquido ascítico por meio de uma agulha para aliviar o desconforto abdominal e a dificuldade respiratória.
Transplante de fígado: Em casos graves de ascite causada por cirrose hepática, um transplante de fígado pode ser a única opção de tratamento curativo.
Prevenção da Ascite:
A prevenção da ascite depende da causa subjacente.
Prevenção da doença hepática: Manter um peso saudável, evitar o consumo excessivo de álcool, praticar atividade física regular e se vacinar contra hepatite A e B podem ajudar a prevenir doenças hepáticas que podem levar à ascite.
Tratamento precoce da insuficiência cardíaca: O tratamento precoce e o controle da insuficiência cardíaca podem ajudar a prevenir o acúmulo de líquido e a ascite.
Tratamento do câncer: O diagnóstico precoce e o tratamento eficaz do câncer peritoneal podem ajudar a prevenir a ascite.
Controle da pressão arterial: Controlar a pressão arterial pode ajudar a prevenir a doença renal e a ascite associada.
Em Medicina natural não se indicam grandes quantidades de líquidos, sucos e chás, que fariam aumentar o líquido abdominal. Adota-se, entretanto, alimentação saudável. O uso de líquidos, como vimos, é controlado para cada caso. Sugere-se, contudo, usar, dentro do limite permitido, pequenas quantidades de chá concentrado de cavalinha, que age como diurético, se não houver contra-indicação médica. Consulte seu provedor de saúde sobre mais recursos naturais.
Conclusão:
A ascite é um acúmulo anormal de líquido na cavidade abdominal que pode ser causada por diversas doenças. O diagnóstico precoce e o tratamento da causa subjacente são fundamentais para controlar a ascite e melhorar a qualidade de vida. Pessoas com doenças hepáticas, cardíacas, renais ou câncer devem consultar regularmente o médico para monitoramento e detecção precoce da ascite.
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